domingo, 22 de maio de 2011

Na medida do possível ... fizemos milagre em São Januário!

Lucas (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)




A estreia do Brasileirão tinha perdido a graça para o torcedor tricolor. Além de ter sofrido uma recente eliminação na Copa do Brasil diante do Avaí, a equipe jogaria com muitos desfalques, Luís Fabiano adiando mais uma vez sua volta aos gramados e o adversário que seria o atual campeão brasileiro, o Fluminense. Aumentando esse quadro desanimador, o técnico PC Carpegiani anunciou, dias antes da partida, que o São Paulo viria a campo com quatro volantes, com Xandão e o garoto Luiz Eduardo na zaga e no somente Lucas e Dagoberto no ataque com a “missão impossível” de fazer, ao menos, um gol. Todos esses fatores somados ao péssimo clima no elenco após a demissão, ou não, do Carpegiani e sua discussão com Rivaldo, só poderiam resultar num pessimismo do torcedor tricolor. Confesso que apostei numa derrota por 2x0.
Mesmo com todos esses problemas, a equipe foi a campo e na medida do possível, viveu um milagre! O São Paulo soube aproveitar muito bem a apatia da equipe carioca e num contra-ataque rápido, Dagoberto abriu o placar. O gol assustou o Fluminense, que não reagiu e viu a cada jogada o domínio soberano dos quatro volantes da equipe paulista. O segundo tempo mal começou e numa jogada de craque, Lucas ampliou o placar. Todos aguardavam mais uma vez a reação do Fluminense, o que não aconteceu. O São Paulo evitou a chegada dos jogadores de meio campo da equipe carioca ao gol e a vitória se aproximava a cada minuto. Lucas e Dagoberto encontraram muita facilidade e provaram que somados a Luís Fabiano podem formar um dos ataques mais fortes da competição.

Dagoberto (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)


Notas dos jogadores:
Rogério Ceni – 7 (Sai machucado, mas enquanto jogou foi muito bem. Deu rebote numa bola e não conseguiu se recuperar a tempo de pegar o rebote. No restante, foi seguro e soberano);
Jean – 6 (Na defesa foi perfeito, no ataque tenebroso. Jogador de raça e profissionalismo, mas passa por uma má fase assustadora em seus fundamentos ofensivos);
Xandão – 8 (Pela primeira vez no ano jogou com segurança. Foi um xerife na zaga. Dominou nas jogadas aéreas eliminando o ponto forte do atacante rival, Rafael Moura);
Luiz Eduardo – 7 (Preferiu não arriscar e ficou marcado pelos diversos “chutões pro meio do mato”. Jogou muito bem e pode ser mais um zagueiro da base a caminhar com sucesso no elenco principal);
Juan – 4 (Mais uma vez foi apático. Não atacou com qualidade, muito menos defendeu. Percebo que os outros jogadores evitam alguns passes para ele. Está devendo boas atuações no Tricolor);
Rodrigo Souto – 7 (Foi o jogador que o São Paulo está precisando, um volante “cão de guarda”. Foi seguro e conquistou seu espaço no meio. Sem dúvidas, foi sua melhor partida no ano);
Wellington – 7,5 (Poderia até levar um 10, afinal, entrou com a função de marcar o Conca e fez isso com eficácia);
Casemiro – 8 (Dominou facilmente seus oponentes e deu assistência para o primeiro gol tricolor);
Carlinhos Paraíba – 8,5 (Foi melhor que o Casemiro, mas não aparece tanto para o torcedor, nem para os comentarista da Sportv. Errou poucos passes, mas roubou inúmeras bolas no meio campo. Atacou como meia e defendeu como volante. Foi o pulmão da equipe e, sem dúvidas, peça fundamental na vitória de hoje);
Lucas – 9,5 (Craque! Não é promessa, é realidade! Começou tímido, mas quando se soltou no jogo, se tornou “imarcável”. Tem dribles desconcertantes e objetivos. Não sei até quando conseguiremos segurá-lo, alguns clubes europeus devem aumentar suas ofertas em breve);
Dagoberto – 9,0 (Ao lado do Lucas, foram os destaques do jogo. Errou ao não tocar a bola para o próprio Lucas que resultaria no terceiro gol tricolor e também ao ignorar alguns passes que não passaram perto dos seus pés – talvez por estar cansado);
Denis – 6,0 (Substituir Rogério Ceni não é fácil, mesmo assim foi bem. Sai bem do gol nas jogadas aéreas e conversou bastante com seus zagueiros);
Bruno Uvini – 6,0 (Não foi tão exigido, mas foi bem nos poucos momentos de marcação. É uma promessa e recebe minha aposta. Tem perfil de futuro capitão do São Paulo);
Rivaldo – 5,0 (Esforçado. Quer mostrar serviço, mas não teve muito tempo. Tem qualidade e melhorou os passes no meio campo. É e será muito útil para o elenco ao longo do campeonato, porém, precisa parar com as atitudes birrentas no banco de reservas);
PC Carpegiani – 5,0 (Poderia levar um 10 também, mas sua atitude negligente e apática no banco durante o jogo, me fazem acreditar que o treinador estará no comando até que algum “xodó” de Juvenal Juvêncio caia no mercado).

Não posso deixar “passar em branco” a atual situação tricolor. Independente da bela vitória, a diretoria precisa tomar uma posição sobre a equipe. Carpegiani continuará? Reforços virão? Rivaldo aceitará a reserva? Enfim, precisamos voltar a ter credibilidade. Há dois anos perdemos o status de “Aqui é Diferente”. Toda a história soberana que nosso ex-presidente, Marcelo Portugal Gouveia escreveu, Juvenal Juvêncio, tem apagado, ou no mínimo, manchado. Acorda Juvenal! Coloque o São Paulo de volta ao topo!

Marcelo Portugal Gouvea (Foto: Terra.com.br)


Lembrem-se: “Salve o Tricolor Paulista!”

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