domingo, 22 de maio de 2011

Na medida do possível ... fizemos milagre em São Januário!

Lucas (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)




A estreia do Brasileirão tinha perdido a graça para o torcedor tricolor. Além de ter sofrido uma recente eliminação na Copa do Brasil diante do Avaí, a equipe jogaria com muitos desfalques, Luís Fabiano adiando mais uma vez sua volta aos gramados e o adversário que seria o atual campeão brasileiro, o Fluminense. Aumentando esse quadro desanimador, o técnico PC Carpegiani anunciou, dias antes da partida, que o São Paulo viria a campo com quatro volantes, com Xandão e o garoto Luiz Eduardo na zaga e no somente Lucas e Dagoberto no ataque com a “missão impossível” de fazer, ao menos, um gol. Todos esses fatores somados ao péssimo clima no elenco após a demissão, ou não, do Carpegiani e sua discussão com Rivaldo, só poderiam resultar num pessimismo do torcedor tricolor. Confesso que apostei numa derrota por 2x0.
Mesmo com todos esses problemas, a equipe foi a campo e na medida do possível, viveu um milagre! O São Paulo soube aproveitar muito bem a apatia da equipe carioca e num contra-ataque rápido, Dagoberto abriu o placar. O gol assustou o Fluminense, que não reagiu e viu a cada jogada o domínio soberano dos quatro volantes da equipe paulista. O segundo tempo mal começou e numa jogada de craque, Lucas ampliou o placar. Todos aguardavam mais uma vez a reação do Fluminense, o que não aconteceu. O São Paulo evitou a chegada dos jogadores de meio campo da equipe carioca ao gol e a vitória se aproximava a cada minuto. Lucas e Dagoberto encontraram muita facilidade e provaram que somados a Luís Fabiano podem formar um dos ataques mais fortes da competição.

Dagoberto (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)


Notas dos jogadores:
Rogério Ceni – 7 (Sai machucado, mas enquanto jogou foi muito bem. Deu rebote numa bola e não conseguiu se recuperar a tempo de pegar o rebote. No restante, foi seguro e soberano);
Jean – 6 (Na defesa foi perfeito, no ataque tenebroso. Jogador de raça e profissionalismo, mas passa por uma má fase assustadora em seus fundamentos ofensivos);
Xandão – 8 (Pela primeira vez no ano jogou com segurança. Foi um xerife na zaga. Dominou nas jogadas aéreas eliminando o ponto forte do atacante rival, Rafael Moura);
Luiz Eduardo – 7 (Preferiu não arriscar e ficou marcado pelos diversos “chutões pro meio do mato”. Jogou muito bem e pode ser mais um zagueiro da base a caminhar com sucesso no elenco principal);
Juan – 4 (Mais uma vez foi apático. Não atacou com qualidade, muito menos defendeu. Percebo que os outros jogadores evitam alguns passes para ele. Está devendo boas atuações no Tricolor);
Rodrigo Souto – 7 (Foi o jogador que o São Paulo está precisando, um volante “cão de guarda”. Foi seguro e conquistou seu espaço no meio. Sem dúvidas, foi sua melhor partida no ano);
Wellington – 7,5 (Poderia até levar um 10, afinal, entrou com a função de marcar o Conca e fez isso com eficácia);
Casemiro – 8 (Dominou facilmente seus oponentes e deu assistência para o primeiro gol tricolor);
Carlinhos Paraíba – 8,5 (Foi melhor que o Casemiro, mas não aparece tanto para o torcedor, nem para os comentarista da Sportv. Errou poucos passes, mas roubou inúmeras bolas no meio campo. Atacou como meia e defendeu como volante. Foi o pulmão da equipe e, sem dúvidas, peça fundamental na vitória de hoje);
Lucas – 9,5 (Craque! Não é promessa, é realidade! Começou tímido, mas quando se soltou no jogo, se tornou “imarcável”. Tem dribles desconcertantes e objetivos. Não sei até quando conseguiremos segurá-lo, alguns clubes europeus devem aumentar suas ofertas em breve);
Dagoberto – 9,0 (Ao lado do Lucas, foram os destaques do jogo. Errou ao não tocar a bola para o próprio Lucas que resultaria no terceiro gol tricolor e também ao ignorar alguns passes que não passaram perto dos seus pés – talvez por estar cansado);
Denis – 6,0 (Substituir Rogério Ceni não é fácil, mesmo assim foi bem. Sai bem do gol nas jogadas aéreas e conversou bastante com seus zagueiros);
Bruno Uvini – 6,0 (Não foi tão exigido, mas foi bem nos poucos momentos de marcação. É uma promessa e recebe minha aposta. Tem perfil de futuro capitão do São Paulo);
Rivaldo – 5,0 (Esforçado. Quer mostrar serviço, mas não teve muito tempo. Tem qualidade e melhorou os passes no meio campo. É e será muito útil para o elenco ao longo do campeonato, porém, precisa parar com as atitudes birrentas no banco de reservas);
PC Carpegiani – 5,0 (Poderia levar um 10 também, mas sua atitude negligente e apática no banco durante o jogo, me fazem acreditar que o treinador estará no comando até que algum “xodó” de Juvenal Juvêncio caia no mercado).

Não posso deixar “passar em branco” a atual situação tricolor. Independente da bela vitória, a diretoria precisa tomar uma posição sobre a equipe. Carpegiani continuará? Reforços virão? Rivaldo aceitará a reserva? Enfim, precisamos voltar a ter credibilidade. Há dois anos perdemos o status de “Aqui é Diferente”. Toda a história soberana que nosso ex-presidente, Marcelo Portugal Gouveia escreveu, Juvenal Juvêncio, tem apagado, ou no mínimo, manchado. Acorda Juvenal! Coloque o São Paulo de volta ao topo!

Marcelo Portugal Gouvea (Foto: Terra.com.br)


Lembrem-se: “Salve o Tricolor Paulista!”

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Fabuloso vem aí!!!

Luiz Pires/VIPCOMM


Agora é oficial: Luís Fabiano vai reestreiar pelo São Paulo Futebol Clube nesta quarta feira, contra o Avaí, no Morumbi! A torcida que aguardou ansiosamente pelo retorno do atacante, poderá, enfim, vê-lo mais uma vez com a camisa tricolor. Fabiano, que ficou 34 dias em tratamento no REFFIS, foi liberado pelo Dr. José Sanches e pelo técnico Paulo César Carpegiani e jogará.
A diretoria comemora, pois há esperança de bom público e retorno financeiro imediato. Quem também comemora é a torcida, que terá agora uma esperança maior de gols marcados.
A ausência de um centro-avante é lamentada no São Paulo desde a saída de Ricardo Oliveira – que voltou ao futebol árabe. A esperança tricolor é que Luís Fabiano repita suas boas atuações nesta volta e se torne o maior artilheiro da história do clube. Até o momento, Fabuloso marcou 118 gols e ocupa a décima primeira colocação. O líder do ranking é Serginho Chulapa com 242 gols.
O São Paulo deve vir a campo com Rogério Ceni; Xandão, Alex Silva, Miranda e Juan; Casemiro, Jean, Ilsinho e Carlinhos Paraíba; Dagoberto e Luís Fabiano.
Sobre o Avaí, virá desfalcado de Marquinhos, Bruno e Rafael Coelho – todos suspensos pela briga com jogadores do Botafogo nas oitavas da Copa do Brasil. Podemos ser surpreendidos? Sim! Contudo, não acho que hoje o Avaí tenha forças e qualidade técnica para nos superar. Se isso acontecer, garanto que Carpegiani será dispensado do São Paulo.


Lembrem-se: “Salve o Tricolor Paulista!”

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O adeus ao Paulistão encabeçado por Carpeginani

João Neto/VIPCOMM



“Em time que está ganhando não se mexe!”

Esse jargão é muito citado no futebol e poderia ser aplicado no sábado se o São Paulo estivesse vencendo, mas não estava. A partida estava empatada e o técnico são paulino, Paulo Cesar Carpegiani, não se atentou as mudanças de Muricy Ramalho e viu seu esquema tático desmoronar diante do talento de Neymar e Ganso.
Muitos podem até ser contra minha opinião, mas credito boa parte da derrota são paulina ao treinador. Não é viável colocar um jogador, que por sinal é reserva e que tem quase dois metros de altura, para marcar o ágil e habilidoso Neymar. Era óbvio que algo ruim aconteceria e aconteceu! No primeiro gol, basta observar que o Neymar recebeu um lançamento nas costas do Xandão e cruzou para Ganso. Bom, o final do lance você já sabe. No segundo gol, mais uma vez Xandão viu o Neymar passando e foi atrás para marcá-lo. Fracasso! Neymar deixou Ganso na cara do gol e o caixão foi fechado. Carpegiani teve a chance de mudar o São Paulo e não mudou. Quando mudou, mudou mal. Colocou Fernandão entre o meio e o ataque e deixou a área sem referencia. Quase no final do jogo, substituiu Ilsinho por William José. O garoto, centro avante de ofício, não teve tempo para receber sequer um cruzamento.
O São Paulo tinha vários desfalques, mas isso não é desculpa para derrota! O elenco tricolor é forte e o treinador não soube usar isso. Insistiu erroneamente no seu esquema falso de 4-4-2, com um zagueiro fazendo a lateral, neste caso Xandão, e viu um Neymar soberano naquele lado do campo. Esse esquema está manjado pelos times paulistas, é preciso mudar! Se tivéssemos o Rhodolfo jogando ali, tudo bem, eu concordo em manter o esquema, mas se você precisa repor um jogador essencial por um bem mais fraco, é preciso mudar. Carpegiani foi velho ranzinza e durão. Não mudou o esquema do São Paulo e foi um dos responsáveis pela derrota.
Falando um pouco do Xandão. É um zagueiro novo, alto e com um pouco de qualidade técnica, não o suficiente para ser titular do São Paulo. A alternativa para Carpegiani seria escalar o Jean na lateral e jogar num verdadeiro 4-4-2. Falando em Jean, que partida trágica! Foi péssimo no meio e na ala direita. Perdeu dois gols na cara do goleiro e perdeu a posse bola que originou o segundo gol santista. 

Wander Roberto/VIPCOMM

A zaga tricolor não foi bem. Alex Silva, que é muito querido da torcida, está exagerando na confiança e segurando a bola demais. Desempenhar um bom papel na função de zagueiro é o suficiente. Miranda, um craque na defesa, está de malas prontas para Madrid e frequentemente realiza partidas apagadas. Ambos não devem levar culpa pela derrota, mas poderiam ter sido mais eficazes e sérios na partida.
O Marlos é um caso quase perdido. Dribla bem e tem vontade, mas não sabe passar a bola e finalizar a gol, ou seja, não tem os dois principais fundamentos para um atacante.
Enfim, o texto não está fluindo como eu queria, mas concluo afirmando que treinador ganha jogo e o São Paulo foi vítima do seu próprio veneno. Perdeu com nó tático do Muricy Ramalho!

Olhares atentos a Copa do Brasil! Que venha o Avaí! Que venha o Luís Fabiano no ataque pelo amor de Deus!!! Kkkkk

Lembrem-se: “Salve o Tricolor Paulista!”

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vitória tricolor sobre a lusa e a volta do professor Pardal


Domingo, 16h00, televisão ligada e jogo do São Paulo contra a Portuguesa. A transmissão começa com as escalações dos times e... meu Deus! O que é isso? Tudo bem que o PC Carpegiani tinha muitos desfalques, mas não precisava colocar um time desconfigurado em campo. O São Paulo foi escalado com quatro volantes espalhados pelos diversos setores. Rodrigo Souto entrou na zaga, mas dava combate no meio campo; Jean era um ala que se aventurava de volante; Carlinhos Paraíba era volante, outrora meia; Casemiro foi o único que jogou do começo ao fim na sua posição de origem. Marlos entrou no ataque, empurrando Dagoberto a ser um centro avante mais fixo na área – posição que foge da característica do camisa 25. Enfim, não foi fácil entender o esquema tático do tricolor neste jogo.


Wagner Carmo/Inovafoto/VIPCOMM


Acompanhei o desespero de Santos e Corinthians no sábado e sabia que o São Paulo teria dificuldades para passar pela Lusa. Foi o que aconteceu! Mesmo tendo o domínio do jogo, o Tricolor não conseguia chutar a gol. Eram dribles, passes e lançamentos e nada de chutes em direção ao goleiro Weverton.Aos 40 minutos do primeiro, veio uma boa instrução de Carpegiani – um dos raros acertos dele nesta partida – para que houvesse uma inversão de lado entre Ilsinho e Marlos. Deu certo! Depois de uma pequena tabela entre Jean e Marlos na direita, o volante/ala cruzou na medida para Ilsinho cabecear e abrir o placar para o Tricolor. Festa nas arquibancadas! São Paulo 1 x 0 Portuguesa.
No começo do segundo tempo, a Lusa não avançou e o São Paulo se arriscou no ataque até que o nosso “Professor Pardal” inventou de tirar o Marlos e colocar um zagueiro. O Tricolor perdeu a força dos contra-ataques e viu a Portuguesa crescer no jogo. Foi uma pressão criada pelo próprio São Paulo que se recuou e não quis mais atacar. Recuar nessa situação é normal, o problema é não contra-atacar ou, até mesmo, segurar a bola no campo do adversário. Rogério 100ni para variar fez uma defesa espetacular e ajudou a segurar o resultado.
A salvação veio em um dos poucos, para não falar que foram três, contra-ataques que o São Paulo criou no segundo tempo. Gol de Dagoberto! São Paulo 2x0 Portuguesa.

Wagner Carmo/Inovafoto/VIPCOMM


A Lusa não tinha forças, mas lutou. Sem sucesso! O melhor da primeira fase confirmou a maior vantagem nas quartas, 2x0. Nosso próximo adversário será o Santos e a promessa de jogão de bola é certa! Duas equipes teoricamente ofensivas – não é Carpeginani? – e com jovens promessas do futebol brasileiro, como Neymar e Lucas.
Finalizando meu post, quero destacar as ultimas atuações do zagueiro Rhodolfo. Sem dúvidas, a melhor contratação da temporada até o momento. É seguro, bem posicionado e não comete muitos erros durante a partida. Não estou falando que merece ser convocado para a Seleção Brasileira, até porque seria precipitado afirmar isso – assim como pediram o Ralf para o Mano Menezes – mas tem tudo para galgar uma vaga na “Amarelinha” daqui um ano, se manter o nível. Já conquistou a identificação com o torcedor tricolor e tem tudo para se tornar um ídolo dos mais jovens, assim como foi com Lugano e Miranda.

Wander Roberto/VIPCOMM


 “Agora quem tá fora é o Santos!” Pra cima deles Tricolor!!!

Lembrem-se: “Salve o Tricolor Paulista!”

terça-feira, 19 de abril de 2011

Anjo do Morumbi: Estreia com liderança tricolor!

Texto de estreia no Blog-das-Torcidas (18/04/2011)


Saudações! Sou Denis Fernando, estudante de Comunicação Social e assessor de imprensa da Winner Limeira Basquete, mas cheguei até aqui e estou estreando no Blog das Torcidas por ser um são paulino fanático! “Meu escudo é um coração cinco pontas tricolor que bombeia esse amor em meu sangue vermelho, preto e branco”. Por enquanto, a coluna terá seu nome mantido como “Anjo do Morumbi” – que vou aproveitar para homenagear minha filha Manu – Mas em breve, será alterado. Se você tiver uma boa idéia, colabore e deixe nos comentários abaixo!

Falando da minha estreia no blog, ela trouxe sorte ao tricolor, que fechou a primeira fase do Paulistão com a liderança. A disputa entre São Paulo e Palmeiras pelo direito de decidir todos os jogos em casa até o final da competição foi atrativa, mas no final a soberania tricolor esteve mais uma vez presente e a liderança terminou em nossas mãos. Mesmo com um empate sem graça do São Paulo contra o Oeste de Itápolis, o Palmeiras foi derrotado pela “Macaca” e nos entregou a primeira colocação de presente.
            A liderança não nos garante o título e nem muitos benefícios, mas nos traz a chance e a vantagem de jogar em casa – lembrando que nós temos casa, viu Rosenberg? – até a final do Paulistão. Sobre a Portuguesa, nosso próximo adversário, junto com a Ponte Preta, são os que mais oferecem perigo na disputa de uma vaga em um jogo único. Azar para São Paulo e Santos, que mesmo favoritos, não podem bobear! Caso contrário, a classificação se vai e a pressão vem!
            O técnico Jorginho, da Lusa, já avisou o volante Ferdinando que terá a dura e ridícula missão de perseguir Lucas, o craque tricolor. Concordo com uma marcação especial, mas lamento se o fator “Everton Sena” se repetir. Não é bom para o futebol e muito menos para o Campeonato Paulista que passa a valorizar pernas-de-pau que só sabem abusar de jogadas violentas. Portanto, fiquem de olho no Ferdinando!
Não vou me prolongar na estreia, mas deixarei algumas informações importantes do Tricolor. Começando pelo polêmico presidente Juvenal Juvêncio que pode anunciar em breve um acordo de cobertura para o Morumbi. O nome mais falado nos bastidores é da empresa espanhola Telefônica. Em troca da cobertura, a investidora ganharia o “naming rights” do estádio, ou seja, teria seu nome incluído e deixaria o templo Tricolor conhecido como “Arena Morumbi Telefônica”. É Teixeira... não está dando certo! A segunda informação importante é a de que há um pool de empresas sendo criado e que o SPFC pode ganhar muito com isso. Reforços virão, principalmente internacionais. Alguns jogadores do exterior já estão negociando e para o Brasileirão podem pintar no Tricolor: Breno, Coates, Naldo e até o meia Diego, que desrespeitou o escudo são paulino em 2002.
Encerro aqui minha primeira participação no Blog das Torcidas e deixo meus agradecimentos aos companheiros – e rivais também – Zeca e Camila Piacentini que me apoiaram nesta nova e desafiadora jornada! À Rapunzel, espero honrar a coluna do Maior do Mundo como você sempre fez! Boa sorte!
Lembrem-se: “Salve o Tricolor Paulista!”

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quem é melhor: Luís Fabiano ou Adriano?

Se você acompanha um pouco de jornalismo esportivo, certamente, já se deparou com a comparação entre Luís Fabiano e Adriano. Ambos foram contratados recentemente pelos dois clubes mais badalados pela imprensa e torcida na capital paulista: São Paulo e Corinthians. A rivalidade entre essas equipes têm aumentado a cada dia e se não bastasse as provocações entre torcedores pela internet, os presidentes Andrés Sanches e Juvenal Juvêncio estão tornando diárias as flechas de ataque entre os times.
Na imprensa, Luís Fabiano ganha com certa vantagem. Em melhor fase e sem polêmicas na vida pessoal, o atacante recém-contratado pelo São Paulo, é a aposta de grande parte dos jornalistas. Adriano, novo centro-avante do Corinthians, tem seu talento destacado, mas o fantasma de seu comportamento fora dos gramados o acompanha, deixando todos desconfiados do seu rendimento devido à incerteza de seu comprometimento.
Luís Fabiano nasceu em Campinas e tem 30 anos. Jogou pela Ponte Preta (SP), Rennes (FRA), São Paulo (SP), Porto (POR) e Sevilla (ESP). Jogou 279 partidas pelos clubes que passou e marcou 139 gols. Pela Seleção Brasileira jogou 43 partidas e marcou 28 gols.
Adriano nasceu no Rio de Janeiro e tem 29 anos. Jogou pelo Flamengo (RJ), Internazionale (ITA), Fiorentina (ITA), Parma (ITA), São Paulo (SP) e Roma (ITA). Jogou 362 partidas pelos clubes que passou e marcou 166 gols. Pela Seleção Brasileira jogou 48 partidas e marcou 27 gols.
Nos números, Luís Fabiano mais uma vez leva vantagem, mesmo que pequena. Sua média de gols é de 0,52 por partida contra 0,47 de Adriano. Pela Seleção Brasileira, outra vitória de Luís Fabiano. O são paulino foi o atacante titular da última Copa do Mundo, Adriano não foi para a África. Na apresentação em suas novas equipes, mais uma vitória do “Fabuloso”. Mais de 45 mil pessoas foram ao Morumbi receber Luís Fabiano numa festa inédita para o futebol brasileiro. Já o “Imperador”, foi apresentado no CT do Corinthians, sem badalação e sem torcedores.
Toda essa comparação com números e dados reflete a atual fase dos atacantes, mas não nos garante que na prática a larga vantagem de Luís Fabiano será repetida. Para afirmar isso, vamos analisá-los individualmente.
Luís Fabiano, o “Fabuloso”, chegou ao São Paulo com status de ídolo. Foi recebido por mais de mil pessoas no aeroporto. Ganhou uma festa inédita de apresentação no Morumbi, que provavelmente só se repetirá se o zagueiro uruguaio Diego Lugano for contratado, caso contrário, dificilmente veremos algo desse nível. Sua camisa já é a mais vendida nas lojas oficiais do tricolor e seu nome é aclamado nas arquibancadas, mesmo não jogando ainda.
O novo atacante tricolor vem de uma excelente passagem pelo Sevilla da Espanha. Lá conquistou duas Copas da Uefa, uma Supercopa Espanhola e duas Copas Del Rey – uma espécie de Copa do Brasil espanhola. Estava sendo procurado por grandes clubes europeus como Milan, Juventus, Tottenham e até mesmo o Barcelona demonstrou interesse no craque. Seu desejo de voltar ao Brasil e à Seleção Brasileira o levaram a voltar para o São Paulo. Em terras tupiniquins, Luís Fabiano encontrará mais facilidade para marcar seus gols, já que não será marcado pelos melhores zagueiros do mundo que atuam no continente europeu. O São Paulo apostou no “Fabuloso” e espera com ele, reencontrar o caminho dos títulos e das vitórias.
Adriano, o “Imperador”, chegou ao Corinthians com desconfiança. Foi rejeitado por diversos clubes, dentre eles o ingrato Flamengo em que o atacante colaborou fundamentalmente para a conquista do título brasileiro de 2009. Com um histórico recente nada favorável, Adriano tentou pela última vez uma ida à Europa. Foi jogar na Roma e fracassou mais uma vez. Além de não render o esperado nos treinos e jogos, suas viagens ao Brasil causavam pânico à diretoria e torcedores da equipe romana – tudo isso porque suas voltas à Itália atrasavam no mínimo três dias. Enquanto a imprensa italiana divulgava que Adriano resolvia problemas particulares, a brasileira publicava fotos de baladas, festas e passagens pelas praias cariocas.
É indiscutível o talento de Adriano, mas seus últimos clubes não o poupavam de reclamações sobre seus problemas fora dos gramados. Sua última boa fase, incluindo bom comportamento, foi exatamente no rival São Paulo, em 2008, onde Adriano mostrou mais comprometimento e debaixo de uma hierarquia e estrutura se comportou de maneira mais adequada ao esporte. Devido a isso uma nova polêmica surge: O Corinthians tem estrutura, prática de exigências e moral para cobrar Adriano? Sei que muitos vão me criticar, mas afirmo que não. O Corinthians não tem! Não falo isso por simples opinião, falo baseado em fatos. Um caso recente que me baseia é o de Ronaldo. Enquanto a torcida vibrava, gritava e comprava camisas do “Fenômeno”, o mesmo não se cuidava para manter o status de atleta e muito menos dar o retorno que a “Fiel” merecia. Desde que chegou ao Corinthians, Ronaldo esteve envolvido em polêmicas sobre faltas na concentração, baladas, festas, obesidade, bebidas e até mesmo cigarro.
Coisas inaceitáveis no meio esportivo, que foram camufladas pela diretoria corintiana. Atitudes como essa comprovam que Ronaldo foi caracterizado mais importante que o próprio Sport Club Corinthians Paulista, o que considero inadmissível! Independente da qualidade e da importância do atleta, a instituição sempre deve ser maior. Por isso, eu pergunto: Com o Adriano será a mesma coisa? Vão controlar as baladas e bailes funk ou deixarão vazar tudo à imprensa e consequentemente ao torcedor? É importante ressaltar que os “problemas particulares” que temos nunca terminam de um dia pro outro. Se o Adriano teve que resolver tantos problemas durante sua passagem por Inter de Milão, Flamengo e Roma, não terá mais nada pra resolver enquanto joga no Corinthians? Cabe a diretoria administrar isso, e digo mais, administrar de muito perto.
Se não bastasse os problemas com a chegada de Adriano, o Corinthians precisará decidir se utilizará o “Imperador” ao lado de Liedson ou o deixará no banco. Vale lembrar que Liédson é o melhor atacante em atividade no Brasil e vêm realizando excelentes partidas pelo “Timão”. Mudar o esquema da equipe para incluir Adriano, pode resultar na queda de rendimento do luso-brasileiro e até mesmo de um enfraquecimento do forte ataque corintiano, hoje formado por Liédson, Dentinho e Jorge Henrique.
No São Paulo, as alterações serão menores. Luís Fabiano é aguardado pelo técnico Paulo César Carpegiani para jogar ao lado de Dagoberto e Fernandinho, com Lucas jogando no meio campo.
Concluindo minha comparação entre Luís Fabiano e Adriano, afirmo que os dois são grandes jogadores e só o tempo nos dirá quem é melhor, porém, podemos deixar algumas considerações: Luís Fabiano terá além de uma grande estrutura de trabalho, um time e uma torcida com as atenções voltadas para ele. Seu sucesso está bem mais próximo e mais acessível do que ao concorrente. Sobre o Adriano, digo que se ele marcar gols e jogar como jogou no próprio São Paulo, em 2008, terá a “Fiel” ao seu lado. Caso contrário, ficará comprovado que a atual diretoria corintiana não sabe controlar seus grandes jogadores e que o “Imperador” se perdeu diante dos “problemas particulares”. Como diz um amigo meu – líder desse blog – se não der certo, daqui uns seis meses o Adriano jogará no Olaria ou no Madureira! RS… Eu posso errar, mas aposto no Adriano. É um bom jogador e acho que vai dar certo.
Você pensa o que sobre isso? Quem é melhor? O Adriano vai jogar bem ou não? Deixe sua opinião!
Abraços,

Ressurgindo das cinzas ...

“Ressurgindo das cinzas”, título está tão abrangente que poderia falar do atual momento do São Paulo após uma campanha medíocre em 2010, do Corinthians voltando às glórias depois de amargar a série B no Brasileirão, do Neymar após a briga com o técnico Dorival Júnior ou até mesmo da Seleção Brasileira com o Mano Menezes após a eliminação na Copa do Mundo. Não! O título refere-se à volta da minha coluna no blog do VU!

Depois de uma mudança de emprego, da adaptação às novas tarefas e da notícia que serei papai as coisas ficaram meio que incontroláveis para mim e só agora (modo gerúndio: ON) estou conseguindo colocar (modo gerúndio: OFF) tudo de volta ao seu devido lugar. Agradeço pela paciência e pelas mensagens de apoio para voltar a escrever para este blog fantástico do VU. Eu voltei! Aproveitando o título, quero comentar sobre o ressurgimento das cinzas de alguns esportes e de alguns clubes de futebol.

SÃO PAULO



Após inúmeros erros do atual presidente Juvenal Juvêncio, a escolha do técnico Paulo César Carpegiani parece ter sido correta ao tricolor paulista. O time que após a saída de Muricy Ramalho não rendeu o esperado com Ricardo Gomes, muito menos com o interino Sérgio Baresi, desta vez tem apresentado um futebol ofensivo e guerreiro com as instruções do novo “professor”. Ainda é cedo para tirarmos conclusões sobre a qualidade e eficiência de Carpegiani no São Paulo, mas de imediato, ele resolveu alguns problemas antigos. Hoje o time joga de maneira ofensiva e apresenta qualidade técnica.

Esse problema aparentemente foi resolvido, mas o que falar da briga entre Juvêncio e Ricardo Teixeira da CBF? Para mim, o atual presidente do São Paulo errou feio ao insistir em sua birra pessoal com o “dono” do futebol brasileiro. Através da sua briga, o clube foi punido. O Morumbi perdeu espaço na Copa de 2014 para um novo estádio do rival Corinthians que – através de manobras mafiosas – será construído em São Paulo. E ao torcedor são paulino restou assistir de camarote o sucesso político dos rivais. Vamos conversar sobre isso mais para frente? Temos muita coisa para falar sobre a Copa – Morumbi – Fielzão – Juvêncio x Teixeira.

CORINTHIANS



Uma volta honrosa e com total mérito. O Corinthians que viveu há alguns anos amargas campanhas – reflexos das más administrações – hoje briga pelo título brasileiro.

O limeirense Andrés Sanches, atual presidente do timão, tem reconquistado o respeito da torcida com os dirigentes do time. A Fiel é sofredora, mas é uma das torcidas mais exigentes do país. Quando é necessário o apoio, ela não falha. Quando é necessário cobrança, ela também sempre está presente. Ultimamente temos visto mais movimentações de apoio do que de cobrança, que significa uma grande satisfação dos torcedores com o atual presidente.

A festa para a comemoração do Centenário, as ações de marketing e as vitórias do Corinthians no Brasileirão serão assuntos dos meus próximos posts. Afinal, resumir cem anos em um pequeno comentário é impossível! Aguardem corintianos.

NEYMAR



O “menino monstro” está readquirindo o prestígio que tinha antes da confusão envolvendo o técnico Dorival Jr. Aos poucos, Neymar tem reconquistado com bom futebol parte da crítica esportiva. Antes víamos diariamente jornalistas comentando sobre o episódio que resultou na demissão do treinador, hoje vemos análises sobre o bom futebol dessa promessa.

Sobre a atitude do Neymar, quero deixar bem claro que sou totalmente contra o que ele fez. Eu repugno mais ainda a atitude da diretoria santista, que provou ser amadora e totalmente antiética com o esporte. Todos que assistiram a partida ou viram um vídeo do momento da discussão perceberam que o jogador estava totalmente errado. A diretoria demitir o treinador após esse episódio só deu ao jovem a oportunidade de futuras brigas e atitudes indisciplináveis contra qualquer funcionário do clube.

Resta agora ao Neymar ressurgir através do bom futebol, habilidoso e irreverente que ele tem. Torço por ele, mas aposto que o craque santista se chama Paulo Henrique Ganso!

SELEÇÃO BRASILEIRA



Que coisa chata assistir os amistosos da Seleção Brasileira! Tudo bem que estamos numa fase de preparação, mas marcar amistosos contra times inexpressivos e colocar diversos garotos sem nenhuma ligação com a torcida brasileira, fica chato.

A Seleção tem ressurgido das cinzas com o Mano. O trabalho inicial tem sido satisfatório. Essa deve ser nossa esperança, de que até 2014 tudo estará de volta ao lugar.

VÔLEI



Parabéns pelo tricampeonato mundial. O jogo final foi show de bola, mas não posso deixar passar em branco a partida vergonhosa que fizeram diante da Bulgária. Não adianta o Giba dar declarações agora de que não entregaram o jogo. Foi nítido e patético o que fizeram. Para mim, isso manchou a vitória e por isso, não comemorei essa conquista. Mas, temos que admitir que depois da vergonhosa derrota eles ressurgiram das cinzas e conquistaram o título contra tudo e contra todos.

BASQUETE



O basquete brasileiro tem realmente ressurgido das cinzas. O esporte que amargou durante uns quatro ou cinco anos um amadorismo administrativo, vive uma esperança de crescimento graduado. A atuação da seleção masculina no Mundial da Turquia foi digna e a derrota para a Argentina foi aceitável, já que os “hermanos” são superiores há anos na administração do basquete.

Um dos fatores que me anima é que voltamos a ter quatro jogadores na NBA. Anderson Varejão terá a dura missão de ajudar o Cavaliers a manter as boas campanhas sem a estrela de Lebron James. Leandrinho Barbosa trocou o Suns pelos Raptors e espera encontrar lá mais regularidade após sair da sombra do excelente Steve Nash. Nenê – que para mim é o melhor jogador brasileiro em atividade – poderá levar os Nuggets mais próximo das finais e se firma ano a ano como um dos grandes pivôs da liga. A grata revelação é para Tiago Splitter. O pivô que foi MVP – jogador mais valioso – da Liga Espanhola jogará no tradicional Spurs. Teremos uma grande temporada para brasileiros no maior campeonato de basquete do mundo, a NBA.

Falando de basquete no Brasil, tenho dois destaques: o NBB e a Winner Limeira. O NBB é o novo campeonato brasileiro de basquete, administrado por uma Liga de Clubes que busca prioritariamente benefícios para o basquete brasileiro, clubes brasileiros e jogadores brasileiros. Há alguns anos o Campeonato Brasileiro estava desprestigiado e alvo de briga de poder entre os clubes paulistas e a CBB, Confederação Brasileira de Basquete. Por dois anos o campeonato, além de mal organizado, foi esquecido pela mídia. O ressurgimento do basquete partiu de um grupo de clubes paulistas que através do apoio inédito dos outros clubes brasileiros, como Flamengo, Minas e Brasília, conseguiu criar essa liga administrativa do campeonato e tomou a frente na organização do torneio. O resultado foi um sucesso! Nasceu o NBB – Novo Basquete Brasil – que a cada ano ganha mais destaque na mídia e tem como administradora de mídia, nada mais do que a Rede Globo de Televisão. O campeonato tem atraído patrocinadores e tem levado ao esporte mais profissionalismo e capacitação. Acredito que até 2016 o basquete voltará a ser um esporte com potencial no Brasil. Quem sabe até lá ganharemos uma dos “hermanos”? Eu acredito!



Sobre a Winner Limeira – meu clube de basquete do coração e de profissão também- destaco o literal ressurgimento das cinzas! A equipe foi Campeã Paulista na temporada 2008/09 e viveu na seguinte, uma paralisação. Devido à falta de incentivo – principalmente da prefeitura municipal – a equipe precisou parar por um ano. É inexplicável como um time que chega a um enorme sucesso em um ano, pára no ano seguinte e nenhuma autoridade política do município tenta ajudar ou interferir. Superando toda dificuldade, a equipe voltou. Contratou jogadores mais modestos, mas repete o sucesso e mostra o “peso” de sua camisa. Com uma surpreendente campanha, a Winner Limeira garantiu lugar entre as seis primeiras equipes do Campeonato Paulista e buscará surpreender mais uma vez nos playoffs que iniciarão em Novembro.

Terminei! Que livro hein? Nosso encontro fica marcado para a próxima semana!

Abraços,
Denis Fernando

Final da UCL, o Brasil torceu pra Inter?

O espetáculo estava previsto e superou as expectativas. Mais belo do que nunca, o Santiago Bernabéu estava repleto de torcedores fanáticos pelo futebol. De um lado a confiante torcida italiana da Internazionale de Milão, do outro os animados alemães do Bayern de Munique. No campo a disputa da final do torneio mais importante de clubes do mundo: a Liga dos Campeões da Europa.
Pessoas por todo mundo acompanhavam mais uma final histórica da competição. No Brasil, algo inédito estava acontecendo. Em pleno sábado a tarde, a rede Globo de Televisão transmitia a final para todo o país. Galvão Bueno foi escalado, mais uma prova de que a emissora investiu tudo o que podia na compra dos direitos desse torneio.
Em jogo estava a tríplice coroa para as duas equipes. A Inter havia vencido o Italiano e a Copa da Itália. O Bayern, o alemão e a Copa da Alemanha. Quem vencesse fechava com chave de ouro a excelente temporada que ambas realizaram.
Um destaque da partida e que a imprensa fez questão de ressaltar era a disputa particular entre os holandeses Robben e Sneijder. O primeiro do Bayern e o segundo da Inter, ambos dispensados pelo Real Madri, dono do estádio da final. Dois excelentes jogadores, vítimas da bagunçada e irresponsável diretoria madrilena.
Apesar do equilíbrio, o Bayern começou um pouco melhor e através de Robben chegava mais próximo do gol de Júlio César. A Inter aos poucos também se lançou ao ataque e na eficiência do argentino Diego Milito, marcou o primeiro gol da partida após bela jogada com o holandês Sneijder.
No segundo tempo o Bayern correu atrás do prejuízo e procurou o empate, mas o goleiro Júlio César confirmou a boa fase e realizou defesas importantíssimas, mantendo a vantagem italiana.
Aos 25 minutos da etapa complementar, mais uma vez Milito foi eficaz e marcou o gol que deu números finais a partida. O argentino recebeu a bola próximo a grande área, driblou Van Buyten e bateu colocado no canto esquerdo.
Final de jogo, a Inter do técnico português José Mourinho conquista o título da Liga dos Campeões ao vencer o Bayern por 2×0.
Agora, quero destacar uma postura da imprensa brasileira que não gostei. O que mais se ouviu, principalmente na transmissão da rede Globo através de Galvão Bueno, foi que o Brasil torcia pela Internazionale de Milão. Sem contar que o narrador insistia em usar o termo “o” Inter de Milão. Outra idéia muito usada foi a de que a Inter era uma equipe mista de Brasil e Argentina, por isso, o Brasil torcia pela equipe italiana.
Sinceramente, ao meu ver a imprensa errou ao tentar inserir o patriotismo num lugar onde o que vale é o dinheiro e o futebol, e que não tem nada a ver com o nosso país.
Recentemente em pesquisa divulgada pela TNS Sports, empresa de pesquisas esportivas, com destaque no próprio Globoesporte.com, os quatro clubes estrangeiros com maior numero de torcedores no Brasil são: Milan (16,04%), Barcelona (12,42%), Manchester United (7,86%) e Real Madrid (6,84%). A Inter vem em quinto lugar com apenas 2,15%. Números que comprovam que boa parte dos brasileiros não torceram para o time italiano. Torcedores do Milan e do Barcelona, eliminado nas semifinais pela Inter, provavelmente não torceram pela equipe de José Mourinho.
Generalizar é um mal do brasileiro. A imprensa herdou essa característica e fez questão de colocar em prática, principalmente nesse final de semana. Mas não vou cometer esse erro, vou destacar que tivemos algumas exceções. A ESPN, por exemplo, que teve mais equilíbrio na transmissão. Além de identificar os torcedores contrários a Inter, lembrou da colônia alemã que vive em terras brasileiras.
Pensando nisso acho que boa parte da imprensa brasileira errou. O Brasil não torceu inteiramente pela Inter, tivemos torcedores do Bayern também.
Finalizando, acho que a Inter mereceu o título e jogou inteligentemente para alcançar esse sucesso. O técnico José Mourinho fez a diferença e mostrou mais uma vez sua capacidade. Parabéns aos brasileiros Julio César, Maicon e Lúcio que estarão na Copa do Mundo, além do suspenso Thiago Mota que integrou esse elenco campeão.
Agora, nos resta aguardar a Copa do Mundo, já que esse Campeonato Brasileiro não terá destaque e valor enquanto o torneio internacional de seleções não acabar. Vamos Brasil!
Abraços,

Daniel Alemão, das quadras para as arqui...

“Se você tem um sonho, não desista dele, corra atrás e trabalhe muito que um dia você terá a recompensa”,  Daniel Alemão.
No mês de julho, Daniel Machado de Barros Castellar, vivia uma rotina diária de um trabalhador comum como torneiro mecânico. Três meses depois – conhecido por Daniel Alemão – vive uma fase incrível como jogador de basquete profissional.
Nascido em Limeira, Daniel iniciou no esporte com uma rápida passagem pela equipe juvenil da Winner Limeira em 2001 – ano de fundação do time. Após alguns anos parado, o atleta voltou a jogar a convite do técnico Bosco da cidade de Araras. Por lá Daniel ficou três anos e meio e dividia seu tempo entre os treinos e jogos de basquete com o trabalho de montador de freios em uma empresa multinacional.
O rendimento do atleta só crescia e após se destacar no campeonato da Associação Regional de Basquete, Daniel recebeu um convite desafiador do técnico Emerson de Rio Pardo: largar o emprego e ser jogador em tempo integral. O convite foi aceito e por nove meses, o pivô jogou em Rio Pardo.
Após dificuldades financeiras, a equipe encerrou as atividades e Daniel passou a jogar por Arthur Nogueira. De fevereiro até junho desse ano, o atleta representou as cores da cidade vizinha à Limeira, quando parou de jogar e voltou ao trabalho comum. Empregado pelo padrinho, Daniel exerceu a função de torneiro mecânico por um mês. “A vida de atleta é muito difícil, ainda mais quando se é casado e tem filha. Jogando por equipes menores sua condição financeira é sempre de risco. Devido a isso, parei de jogar e fui trabalhar na empresa do meu padrinho”.
Em julho, recebeu uma ligação que mudaria o rumo da sua vida mais uma vez. Daniel foi convidado por Demétrius para testes na nova equipe da Winner Limeira.
Tímido, o até então Daniel Castellar, recebeu emocionado o uniforme de treino da Winner Limeira para realizar seus testes. Sua identificação mudou no primeiro passo dentro da quadra – virou Daniel Alemão – e sua vida mudou após o primeiro dia de testes – Daniel foi contratado pela Winner Limeira.
Para muitos uma bela história, para Daniel Alemão a realização de um sonho. “Jogar aqui é a realização de um sonho. Sou torcedor da Winner Limeira desde o começo do time. Durante anos fiquei nas arquibancadas gritando e torcendo e hoje jogo por essa equipe, que é da elite do basquete brasileiro”.
Jogando pela primeira vez a principal divisão do Campeonato Paulista, o pivô apresenta um bom volume de jogo. Em 15 partidas marcou 66 pontos, pegou 49 rebotes, deu 11 tocos, roubou 3 bolas, deu 7 assistências e acertou os 10 lances livres que arremessou. Na última partida da equipe – contra Bauru – Daniel Alemão jogou 26 minutos, fez 11 pontos, pegou 6 rebotes e deu 4 tocos.
Com bons números, raça e muita dedicação em quadra, Daniel atraiu os olhares da torcida limeirense. Diversas vezes, durante os jogos seu nome ou apelido é ouvido nas arquibancadas. “Quando você ouve a torcida gritando seu nome significa que você tem feito boas jogadas e que está agradando de maneira geral. A cada vez que ouço meu nome cantado pela nossa torcida fico muito feliz e me sinto motivado a melhorar cada vez mais”.
A satisfação não vem só das arquibancadas, Daniel Alemão tem recebido diversos elogios da comissão técnica do time. “Nós temos que ‘tirar o chapéu’ para o Alemão, com ele não tem bola perdida. Ele é brigador, lutador, está batalhando e ganhando o seu espaço dentro da equipe. E quem tem a ganhar com isso é a própria equipe, que tem uma pessoa com quem se pode contar o tempo inteiro”, disse o técnico Demétrius.
Quem mais se alegra com todo o reconhecimento é a família do atleta. A esposa, a filha de cinco anos, os pais, os irmãos e os padrinhos celebram os bons jogos de Daniel. “Nos dias seguintes aos jogos, não tem outro assunto com meus familiares a não ser meu desempenho. É uma alegria coletiva”.
Para as próximas partidas da Winner Limeira o pivô prometeu manter a regularidade e a postura guerreira em quadra. “Sempre tive esse diferencial de superação, raça e vontade. Por ser meu primeiro ano jogando a divisão de elite, tenho que ter mais vontade do que os outros de treinar muito mais. Graças a Deus estou fazendo um bom trabalho e pretendo continuar assim”.
Abraços,

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